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Justiça decreta prisão de Gusttavo Lima em operação contra apostas ilegais

  • Michael Daniel
  • 23 de set. de 2024
  • 3 min de leitura
Gusttavo lima
Fonte: Divulgação

A Justiça de Pernambuco decretou nesta segunda-feira (23) a prisão do cantor Gusttavo Lima, envolvido em uma investigação de esquemas de apostas ilegais. A decisão faz parte da Operação Integration, que já prendeu figuras públicas como a advogada Deolane Bezerra.


A ordem de prisão contra Gusttavo Lima foi emitida pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, após indícios de seu envolvimento com a organização criminosa que operava apostas esportivas fraudulentas. A investigação, que já vinha acontecendo há meses, resultou em várias detenções de personalidades influentes no meio artístico e digital.


A Operação Integration chamou atenção após a prisão de Deolane Bezerra no início de setembro, levantando suspeitas sobre a amplitude das atividades ilícitas relacionadas ao mundo do entretenimento e das apostas online. De acordo com as autoridades, a conexão entre os suspeitos e essas plataformas foi minuciosamente monitorada por meses.

A defesa de Gusttavo Lima nega as acusações e já planeja entrar com um pedido de habeas corpus, argumentando que o cantor não tem envolvimento direto com os esquemas. O caso, no entanto, levanta um alerta sobre o crescente impacto das apostas ilegais no Brasil.


Relembre a cronologia do caso:


  • Em julho deste ano, Deolane Bezerra abriu uma empresa de apostas, Zeroumbet, com capital de R$ 30 milhões.

  • Em 4 de setembro, a empresária e influenciadora digital foi presa na Operação Integration, deflagrada contra uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 3 bilhões num esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar.

  • A Justiça determinou o bloqueio de R$ 20 milhões de Deolane e de R$ 14 milhões da empresa dela por lavagem de dinheiro. Na delegacia, a influenciadora afirmou que sua renda mensal é de R$ 1,5 milhão.

  • Além de Deolane Bezerra, foram presas mais de 10 pessoas suspeitas de integrar o esquema, incluindo o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esportes da Sorte, e a esposa dele, Maria Eduarda Filizola.

  • Em depoimento após ser presa, Deolane confirmou que comprou um carro de luxo de Darwin, um Lamborghini Urus S, por R$ 3,85 milhões.

  • Segundo a Polícia Civil, os pagamentos à vista pela compra e pela venda de carros de luxo feitas pela empresa e pelo empresário geraram indícios de que houve "lavagem de dinheiro proveniente do jogo do bicho e de apostas esportivas".

  • Ainda no dia 4, após a prisão, Deolane escreveu uma carta, publicada no Instagram, dizendo que está sofrendo "uma grande injustiça", que ela e a família são vítimas de preconceito e lamentou a prisão da mãe.

  • Segundo a Polícia Civil de Pernambuco, a Justiça decretou o sequestro de bens de vários alvos, incluindo aeronaves e carros de luxo, e o bloqueio de ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhões. Ao todo, a polícia solicitou que R$ 3 bilhões fossem bloqueados.

  • No dia 9 de setembro, Deolane deixou a cadeia no Recife, após ser beneficiada com um habeas corpus. Ela ficaria em prisão domiciliar e teria que usar tornozeleira eletrônica.

  • Antes mesmo de entrar no carro para ir embora, Deolane falou com a imprensa na frente do presídio: "Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado. [...] Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada".

  • Na noite de 9 de setembro, uma nova carta escrita por Deolane foi publicada no Instagram. "Agradeço imensamente o carinho e o apoio de todos, tenham certeza que não irão se arrepender, afirmo com todo o respeito que tenho por vocês, sou inocente e não há uma prova sequer", disse no trecho final do manuscrito.

  • No dia 10 de setembro, Deolane teve a prisão domiciliar revogada, após o descumprimento das medidas cautelares para sua liberação, e seguiu para o presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco.

  • No dia 11 de setembro, o Tribunal de Justiça de Pernambuco negou outro pedido de habeas corpus feito pela defesa de Deolane. O juiz alegou, entre outros motivos, "financiamento de manifestantes [para protestar contra a prisão dela] por iniciativa de familiares".


    Fontes:


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